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Dificuldades diagnósticas na atrofia muscular espinhal

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A atrofia muscular espinhal (AME) tem origem genética e caracteriza-se pela atrofia muscular secundária à degeneração de neurônios motores localizados no corno anterior da medula espinhal. Doença autossômica recessiva ligada ao cromossoma 5, relacionada ao gene da proteína de sobrevivência do neurônio motor (SMN), a principal desordem autossômica recessiva fatal depois da fibrose cística (1:6000), afeta aproximadamente 1 em 10000 nascimentos. O diagnóstico da AME é dado pelo quadro clínico, pelos resultados da eletroneuromiografia (ENMG), da biópsia muscular e da investigação genética. Hipotonia, paresia, arreflexia, amiotrofia e miofasciculação constituem os sinais clínicos da AME, que pode ser subdividida em três grupos de acordo com a idade de início e evolução.

O mapeamento do gene em 1990 no cromossomo 5q131 e a identificação do gene SMN em 19952 constituíram passo importante para aperfeiçoar o diagnóstico desta doença. O locus do SMN consiste de dois genes homólogos, uma cópia centromérica (SMNC) e uma cópia telomérica (SMNT). Na presença de deleção de alguns exons do gene telomérico, situação em que a doença se expressa, a quantidade do gene centromérico é o fator determinante da gravidade do quadro. A partir da definição genético-molecular da doença, passou-se a utilizar mais este parâmetro no diagnóstico desta doença neuromuscular, sendo em 1999 os critérios de diagnóstico revistos 3. A presença da deleção no gene SMN em indivíduos com fraqueza muscular simétrica de tronco e membros elimina a necessidade de outros exames complementares.

No Brasil, o acesso ainda é restrito ao método de diagnóstico genético-molecular, tornando os critérios adicionais, clínicos e laboratoriais necessários em muitos centros.

Descrevemos uma série de casos de AME confirmados pela presença da deleção no gene SMN enfocando a positividade dos critérios clínico-laboratoriais vigentes.

 

MÉTODO

Trata-se de estudo descritivo transversal baseado em uma amostra de conveniência, parte de uma tese de mestrado do Curso de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do Instituto Oswaldo Cruz. Todos os pacientes que participaram, ou seus responsáveis legais, assinaram termo de consentimento livre e esclarecido e o projeto foi aprovado pelo CEP do IPPMG e pelo CONEP.

O critério de inclusão para o estudo foi a presença de deleção no gene SMN em pacientes com suspeita clínica de AME. A extração do DNA foi feita a partir da camada de leucócitos de uma alíquota de aproximadamente 5 ml de sangue periférico, seguindo o protocolo adaptado de Lahiri e Nurnberger4. Para a amplificação dos éxons 7 e 8 do gene SMN foi utilizada a técnica de "Nested" de reação em cadeia da polimerase (PCR) a qual consiste na reamplificação do produto primário, que aumenta a sensibilidade e protege contra a contaminação que pode prejudicar o diagnostico5. Para cada reação de PCR foi preparada uma solução de 40 µl contendo: 10 mM Tris-HCl (pH 8,3), 50 mM KCl, 1,5 mM MgCl2, 1 µg de DNA genômico, 200 µM de dNTPs; 1 µM de cada iniciador; 0,03 IU/µl de Taq DNA Polimerase.O programa de amplificação referente à primeira etapa da PCR consistiu em uma desnaturação inicial a 96ºC por 8 minutos, seguido por 4 ciclos de desnaturação a 96ºC por 3 minutos, 1 minuto de pareamento a 52ºC, 2 minutos de extensão a 72ºC, seguido por 28 ciclos com o tempo de desnaturação diminuído para 1 minuto e extensão final de 59 minutos a 72ºC. Na primeira etapa foram utilizados os seguintes primers: R111FO, X7RO, SMX8FO, SMX8RO, AMXY1, AMXY2, DYZy1.1, DYZy1.2. Para a segunda etapa da PCR foram utilizados os primers R111 e X7DRA para o éxon 7 do gene SMN e os primers 541C960 e 541C1120 para o éxon 8 do gene SMN. As condições de amplificação para o éxon 7 foram: 5 minutos de desnaturação inicial a 94ºC, seguido de 33 ciclos de desnaturação a 94ºC por 1 minuto, 1 minuto de pareamento a 56ºC, 1 minuto de extensão a 72ºC e extensão final de 5 minutos a 72ºC. As condições para o éxon 8 foram: desnaturação inicial de 5 minutos a 94ºC, 30 ciclos de desnaturação a 94ºC por 1 minuto, pareamento a 59ºC por 1 minuto, extensão por 1 minuto a 72ºC, extensão final por 5 minutos a 72ºC. Posteriormente o produto de PCR foi analisado em gel de poliacrilamida a 12%, após a digestão com endonucleases de restrição específicas, Dra I (0,25 µl de Dra I; 2,5 µl de tampão; 7,25 µl de água e 15 µl do produto amplificado) para o éxon 7 e Dde I (0,5 µl de Dde I; 2,5 µl de tampão; 7,0 µl de água e 15 µl do produto amplificado) para o éxon 8 com um período de incubação de 1 hora a 37ºC.

Realizou-se também a pesquisa de deleção nos exons 5 e 6 do gene da proteína de inibição da apoptose neuronal (NAIP). Para a amplificação por PCR utilizaram-se os primers 1863 (5' CTC TCA GCC TGC TCT TCA GAT 3'), 1864 (5' AAA GCC TCT GAC GAG AGG ATC 3'), 1857 (5' CAT TTG GCA TGT TCC TTC CAA G 3') e 1910 (5' TGC CAC TGC CAG GCA ATC TAA 3'). Foram realizados 30 ciclos a 94ºC por 60 segundos, 60ºC por 60 segundos e 72ºC a 90 segundos6.

Dados referentes aos critérios diagnósticos revisados para AME3 foram verificados em consulta destes pacientes. Incluem-se nestes critérios:

1. Critérios clínicos:

Idade de início: AME tipo 1 de início entre o período prenatal até 6 meses de vida; AME tipo 2 início antes dos 18 meses; AME tipo 3 início após.

Paresia muscular: Simétrica - De tronco e membros, com predomínio proximal, ou de membros inferiores sobre superiores.

Atrofia.

Fasciculação.

2. Critérios laboratoriais:

Dosagem sérica de creatinofosfoquinase abaixo de 5 vezes o valor superior normal.

ENMG com presença de atividade espontânea anormal, alteração da duração e amplitude do potencial de ação da unidade motora.

Biopsia muscular com atrofia em grupo, hipertrofia de fibras tipo I ou agrupamento por tipo de fibra.

O dados referentes ao início dos sintomas foram obtidos por história e categorizados em: início antes dos 6 meses, entre 6 e 18 meses, após 18 meses de vida. Classificou-se a paresia em difusa, ou com predomínio proximal e/ou em membros inferiores. Foram considerados achados compatíveis com o diagnóstico de AME nos exames complementares aqueles listados nos critérios diagnósticos revisados3, sendo outros resultados classificados como inconclusivos, a menos que o exame estivesse normal. Os resultados das dosagens enzimáticas, ENMG e biópsia muscular, obtidos do prontuário, poderiam ter sido feitos na UFRJ ou fora dela. Não foram repetidos exames, nem solicitados aos pacientes que não os tinham realizado, por não haver justificativa ética na realização de exames invasivos, mediante diagnóstico já confirmado.

 

RESULTADOS

Foram considerados elegíveis para este estudo 30 pacientes que, em função do quadro clínico, foram avaliados para a presença de deleção nos genes SMN e NAIP, e incluídos 22 com deleção no gene da SMN. Apresentaram deleção no gene NAIP todos os casos com tipo 1 de AME, 1/3 dos casos do tipo 2 e 15 % dos casos com tipo 3. Os resultados detalhados do estudo molecular encontram-se em outro artigo enviado para publicação.

A distribuição dos casos quanto ao sexo foi semelhante (59 % do sexo feminino). Encontramos em nossa amostra uma família com 3 casos (mãe e dois filhos) e nenhum caso com história de consangüinidade.

A distribuição dos casos quanto à idade de início dos sintomas encontra-se na Tabela 1. A paresia, sempre simétrica, apresentou localização difusa em 3 dos 4 casos de início antes de 6 meses (75 %), enquanto que nos de início após esta idade havia predominância de localização proximal e/ou em membros inferiores (67 %). Fasciculações em língua (8 casos) ou movimentos espontâneos em dedos (4 casos), assim como ambos os achados (4 casos), foram encontrados na maioria. Estes sinais foram observados com freqüência semelhante, independente da idade de início dos sintomas até 6 meses, entre 6 e 18 meses ou depois de 18 meses (75 %, 91 % e 71 %). Atrofia muscular era evidente em 18 casos (82 %) e em 12 destes sob forma difusa. Nos 4 casos em que não se observou sinal de atrofia, o tempo de doença (diferença entre a idade na consulta e idade de início dos sintomas) era de cerca de dois anos, enquanto naqueles em que este sinal estava presente este tempo era de mais de 8 anos em média. Apenas em dois casos os reflexos profundos foram considerados normais, ambos com paresia proximal de pequena monta. Nenhum dos 22 casos apresentava alterações ao exame da sensibilidade.

 

 

Os exames complementares realizados por estes pacientes, à exceção da dosagem de creatinofosfoquinase, tiveram resultados variáveis (tabela 2). Das 14 ENMG realizadas, apenas três o foram na UFRJ, sendo duas destas compatíveis com a suspeita diagnóstica. A maioria das 12 biópsias havia sido realizada na UFRJ (10) e dentre elas seis eram compatíveis com o diagnóstico. Um dos exames histopatológicos com laudo incompatível, externo a UFRJ, foi, após revisão na UFRJ, considerado compatível.

 

 

Em 9 casos (tipo 1, 2 casos; tipo 2, 2 casos; tipo 3 5 casos), o diagnóstico se mantinha indefinido antes da realização do estudo de genética molecular. Em 5 destes o exame físico apontava para um processo de denervação pela presença de fasciculações. Em 5 não havia sido realizada nem a ENMG nem a biopsia muscular e nos 4 restantes, estes exames haviam sido normais ou inconclusivos.

 

DISCUSSÃO

Através da pesquisa de deleção no gene SMN é possível confirmar 95 % dos casos dos tipos 1 e 2 e 80 % dos casos do tipo 3 da AME3. O diagnóstico genético-molecular é mais preciso, menos invasivo que a biópsia e a ENMG, porém não está disponível de forma abrangente no Brasil. Desta forma, tornam-se importantes as informações obtidas pelo exame neurológico e pelos exames ancestrais. Não dispomos de estudos comparativos entre estes exames, nem no que diz respeito a sua sensibilidade e especificidade nem quanto à análise de custo e benefício.

Os achados do exame neurológico se mostraram mais positivos que os dos exames complementares em nosso estudo. No entanto, estes exames não foram feitos de maneira sistemática, portanto nem todos pacientes haviam se submetido a eles.

A paresia estava presente em todos os 22 casos e tanto a atrofia quanto as fasciculações ou movimentos espontâneos dos dedos foram encontradas em 82 % dos nossos casos. No exame físico, a paresia predominante proximal pode sugerir outras doenças neuromusculares, principalmente as miopatias. No entanto, a atividade muscular espontânea visível à inspeção, seja sob forma de fasciculações ou de movimentos finos das extremidades que não desaparecem com o sono, pode indicar a presença de denervação7. São observadas principalmente em doenças localizadas no corno anterior da medula, sendo infreqüentes em miopatias ou neuropatias axonais, podendo ser encontradas em indivíduos normais. Neuropatia motora multifocal associada a tiroidite de Hashimoto8, miosite por corpúsculos de inclusão9, neuropatia periférica hereditária10, estão entre as outras doenças que podem apresentar fasciculações dentre suas manifestações clínicas. Com exceção da última, são doenças raras e presentes em adultos. Finas e rápidas, pouco amplas, incapazes de causar movimentos de articulações, irregulares e inconstantes, em geral presentes no repouso, podem as fasciculações ser deflagradas ou intensificadas por estimulação mecânica, por fadiga e frio, e, o tecido subcutâneo abundante dificulta a sua visualização.

Atrofia muscular, apesar de fazer parte do nome desta entidade, pode não estar presente no início do quadro. A maioria dos casos com maior tempo de evolução (82 %) apresentou este sinal. Outra possível explicação para a ausência deste achado poderia ser a existência simultânea de maior tecido subcutâneo adiposo, mascarando a presença da atrofia.

Analisando-se a freqüência da positividade dos achados clínicos que constam nos critérios diagnósticos revisados para AME3, percebe-se a maior importância destes sobre os exames complementares. Esta série de casos demonstra a falta de uniformidade encontrada nos resultados dos estudos neurofisiológicos e de biópsia em crianças com AME confirmada pela presença de deleção no gene SMN. Em cerca de 1/4 dos pacientes este diagnóstico não foi confirmado pelos estudos neurofisiológicos e/ou de biópsia muscular realizados previamente ao exame de genética molecular. A positividade em nossa amostra para um resultado compatível foi pequena em relação tanto a ENMG (57 %) quanto a biópsia muscular (58 %). Cabe ressaltar que 8 pacientes não fizeram a ENMG e 10 não foram submetidos à biópsia; no entanto, estes não foram computados no cálculo do percentual de positividade apresentado. Nem todos fizeram o exame na UFRJ, onde tanto a ENMG quanto a histopatologia e imuno-histoquímica da biópsia muscular são realizados por pessoas experientes e capacitadas. Como o estudo neste aspecto obteve os dados restrospectivamente, não foi feita uma avaliação de valor preditivo destes exames complementares, pois estaria sujeito a viés de seleção e de aferição.

De acordo com outros estudos, o valor preditivo dos estudos neurofisiológicos em lactentes com suspeita de doença neuromuscular é maior que 80 %11. Especificamente em casos de AME este valor cai para 65 %12. Uma correlação de 93 % entre os achados dos estudos neurofisiológicos com os da biópsia muscular foi observada em 15 pacientes com AME tipo 113. Estes exames eram imperiosos antes do advento da análise do gene do SMN.

A ENMG é exame que possibilita a classificação abrangente das doenças neuromusculares. Subdivide-se em 3 etapas: estudo da condução neural, testes de estimulação repetitiva e miografia. A miografia se realiza através da inserção de uma agulha com eletrodo no músculo e capta-se o potencial de ação da unidade motora; esta é a etapa primordial quando diante da suspeita de uma doença do corno anterior. De forma ideal, obtém-se um registro tanto no repouso quanto durante a contração voluntária. No músculo normal não se detecta atividade no repouso, ou seja, ocorre o silêncio elétrico. Desta forma ficam claras certas limitações do exame quando realizado em crianças, devido à dificuldade de cooperação próprias de certas idades e do medo de um exame com agulha.

Os achados neurofisiológicos isoladamente são passíveis de serem encontrados em outras doenças neuromusculares. Potenciais de fibrilação são observados no repouso em casos de denervação, seja ela localizada no corno anterior, ou no percurso do nervo periférico. Algumas doenças musculares também admitem a presença de fibrilações. São encontrados ainda na AME potenciais de unidade motora de duração e amplitude aumentada, e pode haver redução da velocidade de condução motora nas formas de AME de instalação mais precoce. Estas alterações podem ser visualizadas desde o período neonatal, porém não aparecem em todos os músculos14.

Alterações histopatológicas características na AME são a presença de fibras musculares atróficas tanto tipo I quanto tipo II, hipertrofia de fibras tipo I ou grupamento de tipo de fibras. Porém, alterações diversas podem ser encontradas nas biopsias musculares destes pacientes. Isto ocorreu em 42 % dos nossos pacientes que se submeteram a este exame, e é uma observação feita também por outros autores15-17. As alterações dadas como características não são observadas apenas em casos de AME, podendo ocorrer em qualquer processo de denervação ou até mesmo em outras doenças musculares18. São mais sujeitos a erros de interpretação dos achados histopatológicos os casos de AME tipo 1 e no tipo 3. No neonato, pode ser difícil de diferenciar os achados da AME com os da desproporção congênita de fibras19. Nas formas de evolução mais arrastada, a interposição de alterações miopáticas secundárias, como fibras angulares, núcleos centrais, fendas e desarranjo miofibrilar, aumentam com a evolução20.

Ambos os exames complementares, a neurofisiologia e a biópsia muscular apresentam limitações para o diagnóstico de casos de AME, tanto no que concerne à definição etiológica do processo de degeneração quanto à demonstração da existência deste processo. Algumas explicações para exames com resultados diversos dos esperados são: interpretações errôneas dos achados, escolha de locais errados para a realização dos exames ou a realização dos exames em fases ou muito iniciais ou terminais da doença.

Cabe uma observação sobre a detecção da AME em uma mãe e dois de seus únicos filhos, dentre os casos aqui descritos. Um relato como este levantaria a suspeita inicial de uma doença autossômica dominante, principalmente quando inexistente a história de consangüinidade nesta família. No entanto, conforme este exemplo ilustra, tal fato é possível quando o pai for portador de um gene para a doença, heterozigoto no caso. Infelizmente, dentre as técnicas de biologia molecular atualmente disponíveis no Laboratório de Genética Humana da FIOCRUZ, não está a de análise quantitativa do gene ou da proteína de sobrevivência do neurônio motor, únicos capazes de determinar o estado de portador heterozigoto21.

O quadro clínico de fraqueza muscular simétrica com atrofia e/ou fasciculações, principalmente quando os valores de creatinofosfoquinase estiverem abaixo de 5 vezes seus valores superiores normais, deveria ser suspeito de uma AME mesmo se os exames de eletroneurofisiologia ou de biópsia muscular não forem característicos desta doença e não mostrarem outro diagnóstico específico. A pesquisa de deleção no gene SMN pode dirimir situações de dúvida diagnóstica.

 

REFERÊNCIAS

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Alexandra Prufer de Q-C. AraújoI; Vivianne Galante RamosII; Pedro Hernán CabelloIII

Departamento de Genética do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) Rio de Janeiro RJ, Brasil, Serviço de Neurologia do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro RJ, Brasil
IPhD, Professora Adjunta de Neuropediatria da UFRJ
IIMSc, Bióloga do Departamento de Genética do IOC
IIIPhD, Chefe do Laboratório de Genética Humana do Departamento de Genética do IOC

Endereço para correspondência

Lesão esportiva comum permanece um mistério

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Existem lesões esportivas que soam mais carismáticas que a fascite plantar, mas não há muitas que sejam tão comuns.

A condição, caracterizada por uma dor lancinante no calcanhar ou no arco do pé, atinge até 10% dos corredores, assim como inúmeros atletas das fileiras recreativas e profissionais.
Embora a fascite plantar seja democrática como epidemiologia, sua causa permanece um enigma. Na verdade, os mistérios da fascite plantar salientam o parco conhecimento sobre lesões esportivas e por que elas continuam tão difíceis de tratar.

Especialistas concordam que a fascite plantar é essencialmente uma irritação da fáscia plantar, um cordão de tecido longo e delgado que percorre a planta do pé, ligando o osso do calcanhar aos artelhos e formando o arco do pé. Quando esse tecido se irrita, a pessoa desenvolve uma dor profunda no calcanhar.

A dor é geralmente mais pronunciada de manhã, já que a fáscia se contrai enquanto dormimos.

Durante muitos anos, a maioria das pessoas acreditou que a fascite plantar envolvia uma inflamação crônica da fáscia, segundo o doutor Terrence M. Philbin, cirurgião ortopédico no Centro Ortopédico do Pé e Tornozelo em Westerville, em Ohio, que é especializado em fascite plantar.

Acreditava-se que, ao correr ou bater repetitivamente os calcanhares contra o chão, as pessoas distendessem a fáscia plantar e o corpo reagisse levando fluidos extras para o local do ferimento, assim como uma sensibilidade maior à dor.

Mas, em vez de durar apenas alguns dias e depois desaparecer, como acontece geralmente com a inflamação aguda, o processo poderia se tornar crônico e causar lesões no tecido e dor constante.

Essa progressão também é o que os especialistas acreditavam que acontecesse quando as pessoas desenvolviam lesões duradouras por excesso de uso.

Mas, quando cientistas fizeram biópsias do tecido da fáscia de pessoas com fascite plantar crônica, "não encontraram muita inflamação ou nenhuma", disse o doutor Philbin.

"A fascite plantar não envolve células inflamatórias", disse o doutor Karim Khan, professor de medicina familiar na Universidade da Colúmbia Britânica e editor do "Jornal de Medicina Esportiva da Grã-Bretanha", que escreveu extensamente sobre as lesões esportivas por excesso de uso.

Em vez disso, a fascite plantar é mais provavelmente causada pela degeneração ou pelo enfraquecimento do tecido. Esse processo provavelmente começa com pequenas lesões que ocorrem durante a atividade e que, em circunstâncias normais, o corpo simplesmente repara, reforçando o tecido. Essa é a vantagem do treinamento nos exercícios.

Mas, às vezes, esse dano duradouro ao tecido supera a capacidade do corpo de reagir. Pequenas lesões não saram e o tecido começa a degenerar.

A maioria das pessoas que desenvolvem fascite plantar se recuperam em alguns meses sem tratamentos invasivos, disse o doutor Philbin, se descansarem o pé e alongarem os tecidos afetados.

Alongar a fáscia plantar, assim como o tendão de Aquiles e os músculos da panturrilha, parece resultar em menos tensão na fáscia, o que significa um trauma menos duradouro e, eventualmente, tempo para que o corpo se recupere.

Nem toda dor no calcanhar ou no arco do pé é fascite plantar.

Se você tiver essa condição, console-se ao saber que atletas profissionais afetados conseguiram voltar às competições.

GRETCHEN REYNOLDS
DO "NEW YORK TIMES"

Saiba mais sobre o método Halliwick

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Desenvolvido por James McMillan há 50 anos atrás, na Escola Halliwick para Moças Deficientes, em Londres. Inicialmente, o Conceito Halliwick, baseado em um programa de dez pontos*, tinha o objetivo de ensinar crianças com disfunções motoras a nadar, se utilizando das propriedades hidrodinâmicas da água, porém, com o passar do tempo, foi-se observando benefícios do método na aprendizagem neuro-psico-motora, e desde então McMillan e seus colegas adaptaram o programa de dez pontos como uma intervenção terapêutica, divulgando-o em outros países.

O objetivo do conceito Halliwick é estimular o indivíduo (praticante) a desenvolver a máxima independência dentro e fora d'água através do programa de dez pontos.

No Halliwick o mais importante efeito mecânico do fluido é o "metacentro", um termo usado na arquitetura naval para descrever o ponto entre a força pendular da gravidade e o ponto de equilíbrio rotacional (centro de flutuação). Estas forças têm que estar em equilíbrio para que não haja a rotação do corpo na água.

* O Programa de Dez Pontos do Conceito Halliwick:

DEZ PONTOS

FASES

1 - Ajuste Mental e Desprendimento

Adaptação Mental

2 – Controle da Rotação Sagital

 

 

 

Controle do Equilíbrio

3 – Controle da Rotação Vertical

4 – Controle da Rotação Lateral

5 – Controle da Rotação Combinada

6 – Empuxo / Inversão Mental

7 – Equilíbrio em Repouso

8 – Deslizamento Turbulento

9 – Progressão Simples

 

Movimento

10 – Movimento básico do Halliwick

 

O Conceito Halliwick é composto por esta seqüência lógica de pontos, que devem ser seguidos ao longo da terapia, para que sejam alcançados os objetivos finais.


FisioImagens 40

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Mais imagens da Fisioterapia, em diferentes clinicas espalhadas pelo mundo!


Adoro pacientes que renovam minha energia!

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http://3.bp.blogspot.com/-RBdvPz9D3rg/T_Cqf-bpzFI/AAAAAAAAAQw/mhXRQF6H9Ro/s1600/energias-positivas.jpg

Ela chegou ao meu consultório com uma tipóia no braço esquerdo. Carinha de sofrida pela vida, mas com um sorriso estampando na cara, D. Maria José entrou para sala de avaliação toda faceira.  Depois da avaliação feita, constatado que não seria um tratamento curto e explicado como seria feito o tratamento e os objetivos, ela perguntou: bora começar o trabalho porque quero levantar meu braço logo. O caso dela? Uma queda que fez uma fratura em clavícula que impossibilitava o movimento total de ombro e braço. Típico ombro congelado. Não lembro de maiores detalhes!

Mas lembro que ela me chamava de "doctor" ou "minha doutorinha". E dia após dia, naquele mesmo horário, ela chegava com aqueles olhos esperançosos, azuis e com um sorriso na cara. Em quase 5 meses de tratamento, raros foram os dias que aquela mulher cheia de dificuldade, que tinha um marido ausente, um filho desobidiente,  que faltava grana no final do mês, que morava longe da Fisioterapia mas o plano dela só aceitava lá na clínica, chegava sem o sorriso no rosto. Ela sempre tinha uma palavra, uma frase que diminuia essas dificuldades a quase nada. E, quantas vezes, essa postura não me fez pensar se o tamanho dos nossos problemas não é a gente mesmo que cria!

D. Maria José não foi a única paciente que me deu lições. Não foi a única que me deu prazer em atender e constatar a melhora num esforço conjunto. Lembro do meu sorriso quando ela me falou que já conseguia pegar o vasilha plástica para marmita do marido no armário (o mesmo sorriso que eu abri quando escrevi essa linha!) e quando dei alta. Lembro também do seu agradecimento: obrigada pelas suas mãos mágicas.

Tem pacientes, que são assim: renovam nossa energia.  Quem teve a sorte de ter um paciente assim, sabe do que eu estou falando. Quem ainda não teve, observe mais ao seu redor.

A fisioterapia é muito mais deliciosa quando tem troca de afeto entre paciente e profissional!

Importância da Capacitação Profissional em Fisioterapia

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     O crescimento das profissões de saúde deve estar acompanhado com a qualificação técnico-científica constante, pois as pesquisas e conceitos estão também, em constante evolução.
 
     Capacitar é tornar habilitado para o desempenho de uma função, é qualificar a pessoa para determinado trabalho. A importância da capacitação profissional para a vida das pessoas, encontra-se na possibilidade de acesso as oportunidades de trabalho, que por sua vez, têm suas características modificadas a cada dia.
 
     Diante da crescente exigência social por novas formas de aprendizagem que façam frente às necessidades de uma sociedade baseada no conhecimento, a aprendizagem ao longo da vida profissional se torna elemento fundamental.
 
     Vivemos em uma sociedade da aprendizagem, na qual aprender constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo: cada vez se aprende mais e cada vez precisamos aprender mais. Precisamos aprender sempre.
 
     Nesse contexto torna-se de suma importância a capacitação profissional para a potencialização do poder assistencial além da diferenciação necessária para o sucesso no mercado de trabalho. Tudo isso culminando com a troca de experiências imprescindível para a ampliação do conhecimento, crescimento e amadurecimento pessoal e profissional.
 
     Todo e qualquer treinamento só se completa na medida em que a aquisição de conhecimentos e informações possibilita uma mudança de comportamento técnico ou acréscimo de novas ferramentas imprescindíveis para o êxito das ações em saúde. Somente a capacitação profissional adequada pode gerar vantagens competitivas em um mercado de trabalho aquecido.
 
     A capacitação não só dá condições para o exercício de determinadas profissões como também objetiva preparar para o mundo do trabalho, oferecendo a oportunidade de uma melhor adaptação ao mercado competitivo, uma vez que a pessoa deverá estar pronta, com hábitos e atitudes condizentes às exigências desse mercado.

O papel do fisioterapeuta intensivista

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Nas últimas décadas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm se tornado uma concentração não somente de pacientes críticos e de tecnologia avançada, mas também de uma equipe multiprofissional experiente com competências específicas. A inserção do fisioterapeuta em UTI começou no final da década de 70 e sua afirmação como membro integrante da equipe de assistência intensiva tem sido progressiva. O profissional fisioterapeuta, como membro integrante desta equipe, necessita cada vez mais de aprimoramento e educação especializada para fazer frente ao avanço dos cuidados intensivos e, sem dúvida, formam uma importante parte da equipe da UTI.

O fisioterapeuta intensivista tem uma visão geral do paciente e tem a atividade de, continuamente, avaliar as funções fisiológicas de um paciente em tempo real, com a finalidade de orientar a terapia a ser aplicada e/ou observar a resposta a um tratamento. É o profissional responsável pelo diagnóstico fisioterapêutico através da avaliação físico-funcional. A fisioterapia auxilia na manutenção das funções vitais de diversos sistemas corporais, pois atua na prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas. É de importância fundamental em pacientes graves devido a maior vulnerabilidade e complicações súbitas.

Dentre as funções exercidas na UTI está a atuação de maneira complexa no gerenciamento do funcionamento do sistema respiratório e de todas as atividades correlacionadas com a otimização da função ventilatória, como a monitorização contínua dos gases respiratórios e dos aparelhos utilizados como suporte ventilatório. É de fundamental importância a manutenção e recuperação da função pulmonar, através de técnicas e exercícios respiratório específicos para garantir vias aéreas pérvias e expandidas, evitando assim o acúmulo de secreção e prevenindo complicações respiratórias. Podem atuar também, em conjunto com o intensivista, no ajuste da ventilação mecânica, supervisão do desmame da ventilação mecânica, extubação e implementação e supervisão da ventilação mecânica não-invasiva.

O fisioterapeuta também possui o objetivo de trabalhar a manutenção dos músculos, tanto esqueléticos como respiratórios com técnicas de treinamento muscular, diminuir a retração de tendões e evitar os vícios posturais e imobilidade que podem provocar contraturas e úlceras de pressão. Para isso o profissional utiliza técnicas, recursos e exercícios terapêuticos em diferentes fases do tratamento e de acordo com as condições clínicas e necessidades do paciente, para alcançar uma melhor efetividade do tratamento. Além disso, a reabilitação pode auxiliar no desenvolvimento de um sentimento de independência, estabelecer responsabilidade de auto-ajuda e melhorar a auto-estima. A fisioterapia tem o papel de potencializar o caminho da humanização e projetar uma nova sociabilidade futura.

Considerando que o trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações e infecções hospitalares, há a redução do sofrimento dos pacientes e, consequentemente, permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas UTI implica em benefícios principalmente para os pacientes, mas também para o custo com a saúde em geral.

Tatiana Zacarias Rondinel
Fisioterapeuta especialista em terapia intensiva
CREFITTO 110.483-F

Como avaliar os desvios posturais

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A coluna vertebral é a região corporal mais tratada da Fisioterapia. Para recuperá-la e livrar pacientes de incômodos, vários métodos foram estudados, criados e são desenvolvidos diariamente.  E uma das coisas mais importantes é a avaliação que será feita para que o tratamento seja bem efetuado.

Mas como devemos fazer essa avaliação? A avaliação da Coluna Vertebral pode ser feita por exames como raio-x e ressonância magnética, mas passa pelo exame subjetivo. E para fazer esse exame, deve-se ter alguns cuidados:

Deve ser realizado em local que possua fundo liso e branco;
O testador deve se colocar a distância de 3-5 metros do testado, para que se tenha uma visão global do aluno;
O testado deve se posicionar afastado da parede na sua posição natural de repouso;
O testado deve estar próximo da nudez;
Verifica-se partindo da parte inferior para a superior (pés, joelhos, pelve, coluna, ombros e cabeça);
Utilização do fio de prumo e lápis dermográfico , tornam a análise mais eficiente.

Como Avaliar os Desvios Posturais

Visão Anterior: De frente para o avaliador, observamos se as duas linhas dos ombros estão paralelas entre si e o solo. Se não ocorrer, indica uma possível escoliose no testado. Em caso de desvio de quadril o testado deve ser encaminhado a um ortopedista para exames.

Visão Anterior com Flexão de Tronco(teste de ADAM): Observamos se o testado tem escoliose, se as vértebras já fizeram rotação, que se caracteriza por uma gibosidade no local da curvatura escoliótica.

Verificamos se o testado tem o pé abduto ou aduto, se os joelhos estão varo ou valgo, a linha do quadril, a linha dos ombros, se tem Hipercifose Torácica ou Cervical.

Visão Lateral : De perfil para o avaliador, lado direito e esquerdo, verificamos se o testado possui: Geno Recurvato, Geno Flexo, Hiperlordose Lombar, Costa Plana.

Visão Posterior: De costas para o avaliador, observamos as linhas dos ombros e do quadril para confirmar as observações feitas na visão anterior. Marcaremos todos os processos espinhosos, para verificar possível desvio de linha espondílea ou escoliose. Confirmaremos também os joelhos, tendões de aquiles (pé valgo ou varo) . No pé varo, o tendão de aquiles projeta-se para a parte externa do corpo, fazendo com que o calcâneo se projete para dentro e o pé valgo é a projeção do calcâneo para fora do corpo, fazendo com que o tendão se projete para a parte interna do corpo.

Os desvios que são avaliados:

HIPERLORDOSE CERVICAL: Acentuação da concavidade da coluna cervical, colocando o ponto trago para traz da linha de gravidade. É causada , geralmente pela hipertrofia da musculatura posterior do pescoço.
Como corrigir: É necessário um trabalho de força na musculatura anterior do pescoço (esternocleidooccipitomastóideo, escalenos e pré-vertebrais) e um trabalho de alongamento da musculatura posterior.

Exercicios: Procurar encostar a coluna cervical na parede, contraindo a musculatura anterior do pescoço sem desencostar a cabeçada parede; flexão de pescoço em decúbito dorsal, com a cabeça pendente; flexão de pescoço com auxílio do puxador.






HIPERCIFOSE: Acentuação da convexidade da coluna torácica, colocando o ponto acromial à frente da linha de gravidade. Pode ser do tipo flexível (quando a correção pode ser obtida através de contração muscular voluntária - causada por maus hábitos posturais) ou rígida (é quando a correção já não pode ser obtida com uma simples contração muscular ou manual, devido a frequência de uma atitude cifótica - A musculatura anterior do tórax está muito hipertrofiada e a posterior está muito alongada).

Como corrigir:

Alongar: reto abdominais, paravertebrais (longuíssimo, ílio, costal e multifídio);
Fortalecer: Paravertebrais (ex: exercício bom dia)

Com Escápula Alada ou Abduzida: alongar deltóide anterior peitoral> e <, córaco braquial, porção longa do bíceps braquial. Fortalecer porção transversa de trapézio e Rombóides maior e menor.

Obs: tendência a lesão do manguito rotator devido a má vascularização do supraespinhoso.

Fonte Atualização 2004: Apostila de curso do Prof. Sandro da Matta

Flexível: trabalhar a musculatura posterior do tórax (trapézio III, rombóides, dorsal maior e redondo maior e conscientização do aluno para que sempre corrija sua atitude cifótica errada. Exercícios corretivos: remada curvada, crucifíxo inverso,abrir cabos no puxador duplo no plano horizontal.

Rígida: hipertrofiar a musculatura posterior do tórax, alongar a musculatura anterior do tórax e um desbloqueio torácico, causado pelo abaixamento das costelas.
Exercícios Corretivos: os mesmos da cifose flexível, suspensão alongada com apoio dorsal - indivíduo em suspensão alongada, coloca-se um apoio na curvatura da cifose e deslocamento dos ombros - indivíduo em pé, segura uma corda esticada nas mãos. Deve passá-la por cima da cabeça, levando-a até os glúteos, sempre esticada.

HIPERLORDOSE LOMBAR: é caracterizada pela acentuação da concavidade lombar, colocando o ponto trocantérico para traz da linha de gravidade. Causada pela hipertrofia da musculatura lombar (dorsal, ilíaco dorsal, ilíaco lombar, ilio-psoas, semi-espinhal, interespinhal, rotatores, epiespinhais, intertransversais), ou por enfermidades.

Alongar: Tensor da Fáscia Lata, Sartório, adutores, ílio-psoas e pára-vertebrais;
Fortalecer: Ísquio tibiais, Abdominais oblíquos, Reto Abdominal e Glúteo Máximo.

Fonte Atualização 2004: Apostila de curso do Prof. Sandro da Matta

Exercícios sugestão : Abdominal remador, encolhimento de pernas fletidas na prancha inclinada, encostar a coluna lombar na parede fazendo movimento de retroversão do quadril, contraindo o abdômen, flexão de tronco com os joelhos fletidos e pés fixos, elevação da cintura escapular do solo, em decúbito dorsal, pernas flexionadas e pés fixos.

COSTA PLANA: é a inexistência ou inversão de qualquer das curvaturas da coluna vertebral. Geralmente apresenta-se na coluna lombar e causada pela hipertrofia da musculatura abdominal e pela hipotonia da musculatura lombar.

Como corrigir: Trabalhar a musculatura da coluna lombar (dorsal largo, ilíaco lombar, ilíaco dorsal, iliopsoas, semi-espinhais, rotatores, espinhais, intertransversais ) .

Corretivos: Mata borrão (decúbito ventral, segurar os pés e fazer o balanço do corpo), ponte (decúbito dorsal, procurar ficar apoiado nas mãos e nos pés arqueando o corpo o máximo que puder, extensão da coluna (deitado em decúbito ventral, mãos na nuca, fazer a extensão da coluna e voltar a posição inicial), bom dia, levantamento terra.

ESCOLIOSES: São deformações da coluna vertebral, fazendo com que a linha espondílea não fique reta. Segundo Kapandji, 1990, há uma inclinação com uma rotação vertebral. Ex: se for escoliose direita o c volta-se para a esquerda e o alongamento (membros) volta-se para a direita.

Classificação de Lange apud silva filho (2000):
Congênita
Do bebê
Idiopática: infantil (0-3-4 anos); Juvenil (5-11 anos); adolescente(12 até o fim do crescimento ósseo)
paralítica
Estática
Cicatricial
Pós-traumática
Metabólica
Histérica

Tipos(VILADOT, COHI & CLAVELL,1989):
Cérvico-dorsal (aparece uma curva na região cervical e outra na torácica)
Dorsal (aparece apenas na região torácica)
Dorso-Lombar (aparece uma curva na região torácica e outra na lombar) Ex: escoliose dorsal direita e lombar esquerda.

Terminologia (VILADOT, COHI & CLAVELL,1989):
Escoliose não estruturada: curva flexível que desaparece durante os movimentos de inclinação lateral do tronco, não sendo acompanhada de rotação dos corpos vertebrais.
Escoliose Estruturadas: apresenta rotação vertebral, gibosidade e/ou proeminência da crista ilíaca no teste de Adam, que não desaparece com inclinação lateral.

Quanto a Curvatura: Primária (estruturada - nasce com ela) e Secundária(transitória - pode sumir)

TRATAMENTO:
Leve 10°-20°- com exercícios
Moderada 20°- 40°- ou 50°- Exercícios e órteses (colete)
Grave >40° ou 50°- Cirurgia

   Podem ser causadas por diferença de tamanho entre os membros inferiores, por atitudes erradas de estudo e também, pela hipertrofia de uma das musculaturas laterais da coluna.

Corretivos: Exercícios unilaterais, suspensão alongada no espaldar com elevação de ombro que estiver mais baixo ou com a elevação do quadril que estiver mais baixo (no caso de escolioses torácicas e lombares direita ou esquerda); e exercícios unilaterais. Podem ser feitas em 4 apoios, levanto a mão para o lado da escoliose na frente; e se for lombar levar a perna para o lado da escoliose cruzando a perna estendida por cima da outra. Pode-se fazer de pé segurando no espaldar ou parede cruzando a perna por traz com inclinação, levando o pé para o lado da escoliose.

Ex: escoliose torácica esquerda, leva mão direita a frente para o lado esquerdo. Escoliose lombar direita, cruza a perna esquerda por traz da outra para o lado direito em 4 apoios.

Podem ser causadas pela compensação da escoliose simples, geralmente localizada no desvio lateral inferior, ou por encurtamento de algum membro inferior.

Corretivos: Devemos atuar primeiro no desvio primário, geralmente localizado na região lombar, para depois atuarmos nos desvios compensatórios. Os exercícios devem ser: suspensão alongada e alogamentos sem suspensão

É isso! Com cuidado e atenção, podemos avaliar bem os desvios posturais e tratar o paciente da melhor forma possível!

FisioImagens 41

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http://i1236.photobucket.com/albums/ff443/chakalat/fisioimagens.gif

Imagens corriqueiras, do dia a dia que fazem da fisioterapia que nós praticamos.. Seja em hospital, no quarto ou na uti, em clinicas com várias especialidades ou na casa do paciente, a fisiterapia tem que se fazer presente pela qualidade.

Só assim teremos a valorização profissional que queremos!

http://www.uricer.edu.br/cursos/img_areas_fixas/173.jpg

http://4.bp.blogspot.com/-KgH8tseo_eM/TclzlGwI_CI/AAAAAAAAByA/CV8NtXpPJzM/s1600/FISIOTERAPIA%2BMASSAGEM%2BPESCO%25C3%2587O.JPG

http://poeabocanotrombone.files.wordpress.com/2010/04/dsc07499.jpg

http://www.cefir.com.br/wp-content/uploads/2012/01/30-Fisioterapeuta-avaliando-paciente.jpg

http://2.bp.blogspot.com/-Oad6BHUGkV4/T7EOs5SStWI/AAAAAAAAAIk/aUmRvqoRmFA/s1600/DSC04308.JPG

http://www.fenerbahce.org/pic_lib/2009-04-20_edfizyo446.jpg

http://gazetaweb.globo.com/Fotos/Noticias/040510fisioterapia_tr.jpg

http://www.hospitalunimedcriciuma.com.br/fotos/gra_noticias1_17_10_2011__11_33_58__5016.jpg

http://www.santacasacachoeiro.org.br/site/arquivos/fotos/_JCO8338.jpg

http://www.cruzverde.org.br/imagens/img_reab_fisioterapia_02_g.jpg

Qual é o tema para o próximo FisioImagens?

Se quiser ter sua imagem em ação, é só mandar para facafisioterapia@gmailcom.

Ruptura do tendão de Aquiles x Esportes de impacto

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A ruptura do tendão de Aquiles (calcanhar) é uma lesão que afeta a parte de trás da perna e ocorre mais comumente em pessoas que praticam esportes de impacto. A lesão é geralmente seguida por dor extrema e uma incapacidade de utilizar a metade inferior da perna, até mesmo para andar. A lesão pode ser desde um simples estiramento, passando pela lesão parcial ou total. Qualquer uma delas é debilitante e, se você for correr, ficar na ponta dos pés ou jogar qualquer tipo de esporte, vai ter dificuldade. A boa notícia, porém, é que você pode fazer uma série de coisas para tentar evitar essas lesões.

chamada Pé dor Tendão eu atleta corrida (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Tendão de Aquiles: lesão afeta a parte de trás da perna (Foto:Editoria de Arte/EuAtleta)

Sinais e sintomas

Dor e inchaço perto do seu calcanhar, acompanhados ou não de hematoma são comuns. Ocorre uma incapacidade de dobrar o pé para baixo ou "empurrar" a perna no impulso da marcha, ou até mesmo ficar na ponta dos pés. Um som de estalo ou rotura, quando ocorre a lesão também conhecido como sinal da pedrada, portanto você deve consultar imediatamente um ortopedista se você sentir qualquer um desses sinais ou sintomas para ser avaliado.

Causas

A lesão geralmente ocorre na região do tendão que é menos vascularizada, localizada a 4 ou 5cm do ponto em que se liga ao osso do calcanhar. Este local pode estar predisposto à ruptura porque fica com menor fluxo de sangue, o que pode prejudicar a sua capacidade de cicatrizar. As lesões muitas vezes são causadas por um aumento repentino na quantidade de estresse no tendão de Aquiles, algumas doenças e medicamentos ou a própria degeneração. Exemplos comuns incluem:

- Aumento da intensidade no esporte (treino ou competição)
- Pisar em um buraco, ou torção com ou sem contato físico
- Fraqueza muscular ou degeneração tendinosa

Fatores de risco

- A idade média para ruptura do tendão de Aquiles é de 30 a 40.
- cinco vezes mais probabilidade de ocorrer em homens
- Ocorrem com mais frequência em esportes que envolvem corrida, salto e arranques e paradas repentinas
- Infiltraçao com corticoide para reduzir a dor e inflamação pode enfraquecer os tendões e tem sido associada com ruptura do tendão de Aquiles quando realizada mais de duas a três vezes por ano
- Certos antibióticos como fluoroquinolonas, como a ciprofloxacina (Cipro) ou levofloxacina (Levaquin), aumentam o risco de ruptura

info ruptura do tendão de Aquiles  (Foto: arte esporte)


Durante o exame físico, o médico irá inspecionar sua perna Em muitos casos, podemos sentir uma lacuna (gap) em seu tendão se uma ruptura completa ocorreu. O médico também pode pedir-lhe para se ajoelhar em uma cadeira ou deitar e vai apertar o seu músculo da panturrilha, para ver se o seu pé automaticamente flete. Se isso não acontecer, você provavelmente ter rompido o tendão de Aquiles.

Se há uma pergunta sobre a extensão da sua lesão no tendão de Aquiles - se é total ou parcialmente rompido - o seu médico pode pedir um exame de ressonância magnética (RNM) ou ultrassonografia (US).

Tratamentos

O melhor tratamento para um tendão de Aquiles lesionado muitas vezes depende de sua idade, nível de atividade e da gravidade da sua lesão. Em geral, mais jovens e mais pessoas ativas, muitas vezes optam pela cirurgia para reparar uma ruptura completa, enquanto as pessoas mais velhas são mais propensos a optar por tratamento não cirúrgico. Estudos recentes, no entanto, têm demonstrado eficácia bastante igual de gestão tanto operatório e não cirúrgico.

Reabilitação

Após o tratamento, se cirúrgico ou não cirúrgico, você vai passar por um programa de reabilitação que envolve exercícios de fisioterapia para fortalecer os músculos das pernas e tendão de Aquiles. A maioria das pessoas voltam ao seu nível anterior de atividade em média de quatro a seis meses.

Prevenção

Para reduzir a chance de desenvolver problemas de tendão de Aquiles, siga estas dicas:

- Alongar e fortalecer os músculos da panturrilha.
- Não saltar durante uma corrida sem estar devidamente aquecido
- Fortalecimento e exercícios também podem ajudar o músculo e tendão a absorverem mais força e evitar lesões.
- Varie os exercícios. Alternando esportes de alto impacto, como a corrida, com esportes de baixo impacto, como caminhadas, andar de bicicleta ou nadar. Evite atividades que colocam o estresse excessivo nos tendões de Aquiles , tais como subidas e pular durante as atividades.
- Escolha as superfícies com cuidado. Evite ou limite a correr em superfícies duras, irregulares ou escorregadias.
- Vista-se adequadamente para o tempo frio e use tênis com boa absorção de impacto
- Aumente a intensidade do treino lentamente. Lesões do tendão de Aquiles comumente ocorrem depois que uma pessoa aumenta abruptamente os treinos. Aumente a distância, duração e frequência de sua formação, não mais do que 10% a cada semana.

Achei interessante e retirei daqui

O Core no treinamento esportivo.

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"Core" é o centro de produção de força e geração de estabilidade, e manutenção do alinhamento postural no corpo humano e trabalhá-lo é fundamental para obter ótimo desempenho desportivo. Esse treinamento tem sido usado em diversas modalidades esportivas também para condicionamento e reabilitação. A área do Core funciona como uma transmissão, permitindo que os membros inferiores e superiores consigam trabalhar na sua potência e resistência máxima. A falta de força da região do Core pode aumentar o risco de lesões.

Se você já sofreu trauma esportivo nas costas, virilha, joelho ou tendões, deverá realizar esse treinamento de reequilibrio da região do Core como base para qualquer tipo de lesão e incremento no trabalho de reabilitação. Dentro do repertório de estabilidade do núcleo existe uma enorme variedade de exercícios. A adequação dos mesmos será programada pelo fisioterapeuta de acordo com os parâmetros encontrados e as necessidades terapêuticas de cada indivíduo.

Foto: Bruno Oishi

Está comprovado, por exemplo, que no movimento do chute o músculo transverso do abdomen contrai primeiro que o quadríceps. A sobrecarga progressiva é um dos princípios fundamentais da execussão dessa terapia. Você começa a exercer um nível baixo e administrável e, dando-lhe tempo suficiente entre as sessões de recuperação, esta dosagem de formação inicial produz uma resposta positiva da formação. Depois de certo tempo seu corpo se adapta e assim você pode aumentar a dosagem para a produção de novos aumentos de fitness. Se não houver evolução, então o seu nível de aptidão física estaciona. Um músculo trabalhado começa a reagir fisiologicamente aos estímulos a partir da 5ª semana.

Espero ter podido explicar e esclarecer um pouco sobre o Core e a fisioterapia Desportiva.

Até a Próxima!

Bruno Oishi.


TV Fisioterapia: Testes para Dor Lombar

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O TV Fisioterapia é uma iniciativa de três pessoas que lançarão vídeos sobre tratamentos e conteúdo didático, direcionados tanto para estudantes quanto ao público em geral.

O primeiro vídeo é sobre Testes para Dor Lombar. Dê uma conferida e opine. Sua opinião é muito importante para a melhora dele!


Feito por:
Janaína Dantas, Camila Viana e Karolyne Martins

Email de contato: tvfisioterapia@gmail.com

Produção: studio3gemini@gmail.com

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Aproveite para acessar nosso site exclusivo com vídeos da Fisioterapia, e nosso canal do Youtube.

Fisioterapia preventiva ajuda a evitar doenças na terceira idade

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A chegada da terceira idade, muitas vezes, vem acompanhada de problemas desagradáveis. O corpo mais frágil nem sempre permite que a prática de exercícios físicos seja agradável ou possível. E doenças graves, como problemas cardíacos, dores musculares e articulares são perigos comuns.

Mas um fisioterapeuta pode ajudar a prevenir que esses problemas surjam ou se agravem, dando mais qualidade de vida para o idoso.

Pelo processo de envelhecimento, ossos, tendões e músculos ficam mais frágeis. É normal. A fisioterapia preventiva pode evitar problemas ou atuar como reabilitação, prevenindo sequelas como depois de um AVC.

 A professora, que é especialista em fisioterapia geriátrica e reumatológica, contou ainda que a fisioterapia preventiva pode ser uma alternativa ao exercício físico.

 A fisioterapia preventiva engloba exercícios físicos e respiratórios e pode ser feito até na água - é a hidroterapia. Já a fisioterapia clínica, procura o alívio de problemas já existente como inflamações, dores, problemas ortopédicos e neurológicos.

O calor da água melhora a flexibilidade, alivia as tensões e facilita os exercícios. O impacto é menor

 Tudo isso pode ser aliado também a terapias alternativas, como pilates, RPG, massagens e acupuntura. São um tratamento a mais, que são bastante resultado.

 Os exercícios trazem vários benefícios, como ajudar no controle da insônia, ansiedade, depressão, pressão arterial, dores articulares e musculares. Também melhoram a flexibilidade do corpo, a coordenação, o equilíbrio, a concentração, a postura e aumentam a autoestima.

 Tudo isso aliado a terapias alternativas, como pilates, RPG, massagens e acupuntura.

 Não há contraindicações. Mas quem tem problema de saúde ou sente qualquer desconforto deve procurar primeiramente um médico. Ao iniciar a fisioterapia também é realizada uma análise completa do estado físico do idoso."É possível chegar à terceira idade, saudável", garante a fisioterapeuta.

Previna-se

O que é
A fisioterapia preventiva é uma série de exercícios físicos e respiratórios realizados por fisioterapeutas que servem até como alternativa ao exercício físico

Por que fazer?
Nas idades mais avançadas, é comum haver diminuição da capacidade motora e surgirem doenças degenerativas que podem dificultar a prática de atividades físicas tradicionais e até prejudicar a qualidade de vida do idoso

As opções
A fisioterapia clínica, feita geralmente com indicação médica, usa terapias e técnicas manuais para alívio de problemas já existentes, como inflamações, dores e problemas ortopédicos e neurológicos. Outra opção é a hidroterapia, técnica realizada na piscina aquecida com o uso de aparelhos

Vantagens
Os exercícios ajudam a prevenir doenças, como a hipertensão arterial, diabetes, osteoporose e tendinites, doenças cardíacas, artrose, hérnias e bursites. E, ainda, colaboram no controle da insônia, ansiedade, depressão, dores nas articulações e músculos, além de melhorar a flexibilidade, equilíbrio, coordenação, concentração, postura, relaxamento muscular. Também aumentam a autoestima

Alternativas
É comum os fisioterapeutas trabalharem com tratamentos alternativos, como acupuntura, massagens com pedras quentes e pilates, com ótimos resultados

Cuidados
Quem está bem de saúde pode procurar um fisioterapeuta como alternativa ao exercício físico - o idoso irá passar por uma avaliação física. Para quem sente dores ou tem algum problema de saúde, o melhor é ser encaminhado por um médico

Três abordagens fisioterapêuticas na Hidroterapia

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Método "Bad Ragaz"

 Bad Ragaz, é uma cidade na Suíça que foi construída ao redor de um Spa de águas termais. As águas deste Spa alimentavam três modernas piscinas, que começaram a serem utilizadas para exercícios em 1930. Em 1957 o Dr Knupfer desenvolveu, na Alemanha, a técnica original do Método "Bad Ragaz", que foi trazida para a cidade de Bad Ragaz por Nele Ipsen. A proposta inicial desta técnica foi a de promover a estabilização do tronco e extremidades, e também trabalhar com exercícios resistidos. Os exercícios foram primeiramente executados num plano horizontal. O paciente era auxiliado com flutuadores (anéis) no pescoço, quadril e tornozelos, e por isso a técnica ficou conhecida como "método dos anéis".

 As técnicas do "Bad Ragaz" foram passadas de terapeuta para terapeuta, mas só foram publicadas em 1970, em Alemão, por Beatrice Egger que desenvolveu a técnica de Facilitação Proprioceptiva Neuromuscular aplicada por Bridget Davis. A língua foi um dos obstáculos para muitos fisioterapeutas americanos que começaram a ouvir sobre o "método dos anéis" nos Estados Unidos. Toda documentação destas técnicas e os cursos realizados se deram na Alemanha. Hoje há dois livros em inglês que documentam as técnicas do método Bad Ragaz. As técnicas modernas do Bad Ragaz incorporaram técnicas de movimento com planos diretos e padrões diagonais com resistência e estabilização realizadas pelo Fisioterapeuta. Foram utilizados exercícios com o paciente posicionado horizontalmente, com auxílio de flutuadores, ou estabilizado na borda da piscina. As técnicas consistiam em: redução do tônus, treino de marcha, estabilização do tronco e exercícios ativos e resistidos. Estas foram utilizadas em pacientes ortopédicos e neurológicos.

Método Halliwick

 Foi desenvolvido por James McMillan em 1949 na Halliwick Escola para garotas em Southgate, Londres. A proposta inicial foi a de auxiliar pessoas com problemas físicos a se tornarem mais independentes para nadar. A ênfase inicial do método era recreacional com o objetivo de independência na água.

 Com o decorrer dos anos, McMillan manteve a sua proposta original e adicionou outras técnicas a este método. Mais recentemente, estas técnicas têm sido usadas por muitos terapeutas para tratar crianças e adultos com enfermidades neurológicas, na Europa e Estados Unidos.

 O método Halliwick enfatiza as habilidades dos pacientes na água e não suas desabilidades.

Watsu

 Watsu ou "água Shiatsu", foi criado em 1980 quando o autor, Harold Dull, começou a flutuar pessoas numa piscina de água quente, aplicando alongamentos e movimentos do "Zen Shiatsu". O "Zen Shiatsu" é um método que se originou no Harbin Hot Springs e que foi estudado por Harold no Japão, seguindo os ensinamentos de Shizuto Masunaga. Este método foi considerado mais eclético e criativo que as formas tradicionais do Shiatsu, que utilizava estritamente pontos específicos. São utilizados alongamentos passivos, mobilização das articulações e relaxamento, assim como pressão em pontos de acunpuntura para balancear a energia dos meridianos.

 Zen Shiatsu e Watsu utilizaram muitos termos e conceitos alheios à Medicina Ocidental. Também a filosofia Oriental adotou a relação de integração corpo-mente, que não era utilizada no conceito tradicional de reabilitação aquática.

 Watsu for criado como uma forma de massagem na água e era utilizada para qualquer pessoa. Entretanto, os terapeutas que realizam reabilitação aquática, têm usado estas técnicas para pacientes com doenças neuromusculares e músculo-esqueléticas, sem muito sucesso.

 No "Watsu" o paciente permanece flutuando e a partir desta postura são realizados alongamentos e rotações do tronco, que auxiliam para o relaxamento profundo, vindo através do suporte da água e dos movimentos rítmicos dos batimentos cardíacos.

 De acordo com Morris, Watsu pode ser descrita como uma reeducação muscular dirigida que utiliza basicamente alongamentos. Esta técnica deverá ser realizada com cautela, pois poderá causar danos específicos como estiramentos musculares e articulares.

Fibromialgia versus dor miofascial

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Dentre as condições dolorosas crônicas que acometem o sistema
musculoesquelético destacam-se a fibromialgia e a dor miofascial.
Enquanto a fibromialgia corresponde a uma condição dolorosa difusa, a
dor miofascial é caracterizada pelo envolvimento localizado. Esta
manifesta-se por dor e rigidez muscular no assim chamado "trigger
point", o qual, ao ser pressionado, desencadeia intensa dor com
irradiação de topografia bem estabelecida. Além disso, o leve toque do
examinador na região dolorosa acarreta a formação de uma banda
muscular rígida. A dor miofascial pode manifestar-se sob a forma de
cefaléia tensional, lombalgia, cervicalgia, doença relacionada ao
trabalho ou esforços repetitivos ou à disfunção temporomandibular.

Assim como a fibromialgia, a dor miofascial é freqüente em mulheres
entre 40 e 50 anos. Fadiga, rigidez, distúrbios de sono, ansiedade ou
depressão menos freqüentemente acompanham o quadro. Difere da
fibromialgia na medida em que constitui um acometimento regional e não
difuso, com a presença de "trigger points" e não de "tender points".
Os "tender points" da fibromialgia são 18, têm localização padronizada
e não desencadeiam dor irradiada quando são pressionados. O
comprometimento funcional na dor miofascial é temporário, enquanto na
fibromialgia é mais intenso e duradouro; os "trigger points" respondem
melhor à terapêutica localizada que os "tender points".

Como exemplo de síndromes miofasciais, na síndrome da articulação
temporomandibular a dor na mandíbula se irradia para a cabeça e
pescoço. Na cefaléia tensional, no torcicolo e na dor lombar pode-se
palpar uma massa muscular sob tensão, dolorosa e com disfunção do
movimento, É possível de se reproduzir a dor pressionando-se o
"trigger point", reproduzir a banda de tensão muscular ao se percutir
levemente o local. A evolução favorável pode ser promovida por meio de
alongamento muscular ou infiltração localizada.

TV Fisioterapia: Testes para Instabilidade do Ombro

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Mais um vídeo da TY Fisioterapia, desta vez sobre instabilidade no ombro com testes específicos parar detectar a presença de instabilidade do ombro.

A TV Fisioterapia é uma iniciativa para que assuntos da Fisioterapia sejam falados e explicados na teoria e na prática.

Este blig apóia iniciativas que elevem a Fisioterapia.

Assista aí:



Mais infomações sobre o pessoal que faz a TV Fisioterapia:

E-MAIL CONTATO: tvfisioterapia@gmail.com

FACEBOOK
Camila Viana
http://www.facebook.com/ca.1500

Janaína Dantas
http://www.facebook.com/janaina.mende...

Karolyne Martins
http://www.facebook.com/karolyne.stma...

PRODUÇÃO
studio3gemini@gmail.com

Fisioterapia atuando junto da politica

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http://3.bp.blogspot.com/-wjO0NgllS-E/T8A8CTR1zAI/AAAAAAAAETA/ZBts6VaRZVY/s1600/ato+medico.jpg

O mundo gira em volta da política. Se por um lado, alguns dizem que gira em torno de poder, dificilmente no Brasil de hoje, alguém seja um milionário sem ter envolvimento com a política. A politica é o poder e quem tem o poder está "metido" na política. Quer fazer um teste? Pense na pessoa mais rica que você CONHECE, na sua cidade ou perto de você. É politico? É empresário? Pense no envolvimento dele com a política.

É claro que esse primeiro paragrafo deste texto não tem a intenção de entrar num caminho para questionar o que empresários querem com a politica Citei apenas um exemplo de como a politica é importante. Assim, torna-se fundamental que a fisioterapia se aproxime disso, para que possamos ter reconhecimento cada vez maior.

É com grata surpresa quando vej uma ou outra noticia de vereadores ou deputados fazendo projetos de lei para defender a nossa atuação profissional. Citei na semana passada uma vereadora que fez isso mas sei que tem mais espalhados pelo Brasil. E acho importantissimo isso ser mais divulgado para votarmos nas futuras eleições em quem nos protege politicamente. Ou você daria o seu voto para um deputado que é a favor do ato médico?

O fortalecimento da nossa profissão pode passar pela ajuda de políticos que nós colocamos lá e que são importantes no processo reconhecimento.

Fisioterapia atuando junto da politica. Por que não?

Sindrome do impacto do ombro e seu tratamento

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A Síndrome do Impacto, popularmente conhecida por bursite do ombro, pode ser definida como o choque entre dois ossos comprimindo um dos tendões do ombro e  ocorre durante o movimento de elevação do braço. Ela é mais comum após os 40 anos de idade e está associada a profissionais que utilizam, durante um período longo, o membro superior acima da linha do ombro, como os professores e os eletricistas.

Na sua fase inicial o paciente refere dor no ombro durante as atividades físicas. Se não for tratada, essa dor começa a aumentar podendo irradiar para o meio do braço, inclusive durante o período de repouso. Muitos pacientes queixam-se da piora da dor à noite e referem dificuldade para dormir.

Se não for tratado, o choque contínuo destes dois ossos vai levar a rotura dos tendões, principalmente do chamado supra-espinhal. Nesse caso teremos então o que chamamos de "Lesão do Manguito Rotador", pois o conjunto de tendões que fecham a articulação do ombro chama-se manguito rotador.

Nesta síndrome ocorre uma perda do espaço úmero-acromial, provocando micro traumas nas estruturas adjacentes como: tendão do supra espinhoso, tendão do bíceps cabeça longa, bursa subacromial e a articulação acrômioclavicular.

A causa esta ligada a movimentos repetitivos, alteração anatômica, trauma direto e desequilíbrios musculares.

No quadro clinicopaciente apresenta dor na região anterior do braço, apresenta um arco doloroso, especialmente próximo a 90 graus, piora a dor com esforços e dificuldade nas atividades de vida diária.

O tratamento clinico consiste em anti-inflamatorios, analgésicos, imobilização da articulaçaosob uma tipóia e indicação a fisioterapia.

Os objetivos do tratamento fisioterapeutico são em geral a eliminação do processo inflamatório, ganho de ADM, estabilização da articulação do ombro, reeducação postural e respiratória e reeducação sensório motora.

Na conduta do tratamento, recursos como ultra- som, ondas curtas e o laser podem ser utilizados no combate a inflamação. No caso de grande fibrose talvez o ultra-som possa ser mais ultil em função do efeito fibrolitico.

Na cinesioterapia os fortalecimento dos músculos infraespinhoso e redondo menor é necessário para diminuir o impacto entre o acrômio e o tubérculo maior do úmero. Os músculos estabilizadores da escapula como o serrátil anterior, os rombóides, trapézio médio e inferior também devem ser fortalecidos. No inicio do tratamento não seria aconselhável o fortalecimento do deltóide , visto que o aumeto de sua força provoca um deslocamento superior da cabeça umeral, permitindo um aumento do impacto entre o tubérculo maior do úmero e o arco ccoracoacromial. Em um período mais adiantado do tratamento, onde a inflamação esta sob controle e há relativa eficiência dos rotadores externos, o deltóide pode ser fortalecido. O fortalecimento deve ser de forma excêntrica para diminuir a tendência ao impacto.

O alongamento dos músculos peitoral menor, peitoral maior, grande dorsal, subescapular, redondo menor, trapesio superior e levantador da escapula também são necessários para favorecer o posicionamento escapular e o funcionamento adequado da glenoumeral.

A reeducação postural depende da avaliação do paciente. Deformidades de membros inferiores, alterações do posicionamento do quadril podem provocar um aumento da cifose e protusao de ombros, neste caso é fundamental a reeducação postural.


TV Fisioterapia: Testes para Compressão Cervical

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Mais um video lançado da TV Fisioterapia, desta vez é sobre Testes para Compressão Cervical

A coluna cervical é o elo flexível entre a plataforma sensorial do crânio (visão, audição, olfato) e o tronco. Entre as suas principais funções são importantes o suporte e movimentação da cabeça bem como a proteção das estruturas do sistema nervoso e vascular.

A compressão ness região da coluna pode causar dores localizadas, cafaléias, formigamentos em membros superiores, dentre outros.


Saber avaliar o que pode estar causando "problemas" na região cervical é o ponto de partida para um tratamento eficaz.

Até a próxima!
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